5 erros na facilitação de Workshop de Design Sprint

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Evite os 5 erros mais comuns na facilitação de Design Sprint que aprendemos na prática, facilitando workshops em BH e em todo o Brasil por vários anos seguidos.

Por Leo Velozo
23 de fevereiro de 2022

Nós atuamos com a facilitação de workshop de Design Sprint em BH e em todo o Brasil de forma remota e presencial. Já facilitamos mais de 1400 horas de Workshop de produto e tiramos mais de 50 produtos e serviços do papel.

Com toda essa bagagem, aprendemos algumas importantes lições sobre como tirar o máximo de proveito do método para resolver problemas complexos em empresas dos mais diversos Setores.

O método do Design Sprint, apesar de inovador, nem sempre resulta em soluções inovadoras, especialmente quando é mal conduzido. Imagine só alocar uma equipe inteira por até 5 dias trabalhando de forma intensa em algo e sair com um resultado muito abaixo das expectativas? É inegavelmente uma grande perda de tempo e dinheiro para qualquer empresa. Justamente o contrário do que deveria ser.

Por isso, listamos aqui os cinco principais erros que as pessoas cometem ao realizar um Workshop de Design Sprint, para que você evitá-los e, assim, tirar o máximo de proveito do processo.

1- Não realizar um Kickoff

O planejamento é vital para um Design Sprint de sucesso, seja um Workshop online ou presencial. O Kickoff é uma reunião inicial com os organizadores do Workshop e lideranças que serve para alinhar os objetivos do Design Sprint e tudo que precisa ser feito para ele ocorrer.

Isso equivale ao que o autor do livro Design Sprint, Jake Kanapp, recomenda como “começar pelo fim”, que é pensar na linha do tempo do Sprint e definir seu objetivo de longo prazo e as questões difíceis que devem ser respondidas.

“Por que estamos realizando este projeto? Onde queremos estar daqui a seis meses, um ano ou até cinco anos?”- Knapp, Jake; Zeratsky, John; Kowitz, Braden. Sprint (p. 60). Intrínseca. Edição do Kindle

Contudo, aqui, não estamos falando apenas de objetivos estratégicos, como o que se espera ao fim do processo, mas de detalhes logísticos e técnicos também. Como, por exemplo, definição de cronograma, locação, materiais necessários para a facilitação, participantes e seus papéis no Design Sprint.

Depois que todos os detalhes são acordados, é preciso fazer um briefing documentando todo o planejamento do Design Sprint, com cronograma, desafio e objetivos esperados. Assim, evitamos o primeiro erro, bastante comum, de iniciar Design Sprint sem alinhamento. 

2- Ficar preso ao by the book

Como já explicamos no post Design Sprint: o guia Definitivo, é de suma importância conhecer o método do Design Sprint da Google, inclusive, recomendamos a leitura do livro. Sim, o by the book é importante! Porém, não é preciso, nem desejável ficar preso a um modelo se o contexto não permite.

Somos adeptos da tropicalização da inovação, isto é, adaptar os métodos à nossa realidade, conforme as nossas necessidades.

fonte: Gyphy | UNC University Libraries GIF

Nem sempre é possível conseguir a disponibilidade de todos os participantes durante os 5 dias de Design Sprint, foi por isso que nasceu o Design Sprint 4.0, inclusive, feito em 4 dias e com equipe alocada de forma dinâmica. Mas, além disso, é possível facilitar o workshop em até 3 dias, priorizando os métodos e ferramentas necessários para a realização, como peças de lego.

É sempre bom lembrar também que o Design Sprint é um método filho de uma metodologia maior, o Design Thiking, que tem como base cocriar com o usuário no centro processo, divergindo e convergindo para resultar em soluções criativas para problemas complexos.

O mais importante é respeitar a essência do método. Então, fuja do by the book sempre que necessário. 😉

3- Querer uma solução final a qualquer custo

A necessidade compulsória de validação de uma ideia, pulando etapas do processo, ou ignorando os aprendizados gerados, é outro erro muito comum que compromete bastante o sucesso do Design Sprint.

Às vezes, essa postura vem de lideranças ou especialistas que provavelmente são experts no assunto em questão, mas não necessariamente conhecem as perspectivas dos usuários.

Por isso, cabe ao facilitador quebrar as objeções durante a condução. Nem sempre isso é fácil, mas é essencial driblar o determinismo à solução. Pesquise, teste, aprenda e aprimore!

4- Incluir apenas pessoas do Design

Existe uma crença infundada de que Design Sprint é coisa de Designer. Apesar de o método ter origem em linhas de estudo do Design, a essência dele é multidisciplinar e a aplicação não se limita apenas às decisões de Design, mas de todo o negócio.

Por isso, é importante que a equipe participante seja multidisciplinar, com designers, pessoas pesquisadoras, desenvolvedoras, profissionais de marketing, etc. É importante que a equipe conte também com lideranças decisoras que saibam sobre o negócio e o mercado, especialistas técnicos, usuários e a pessoa facilitadora, idealmente alguém de fora do negócio para evitar vieses na condução.

5- Não realizar a etapa de Imersão

Por último, mas não menos importante, um erro comum ao se fazer um Design Sprint é pular ou fazer a etapa de imersão de forma superficial. Quando presumimos que o problema é obvio, sem explorá-lo, arriscamos chegar ao fim do processo com ideias menos criativas e com grandes chances de serem invalidadas, por serem embasadas em hipóteses com pouca confirmação.

Muitas vezes, o maior ganho de um Design Sprint não é nem mesmo o produto, mas a reformulação do problema de maneira correta. O que muda o foco e pode expor novas lentes e perspectivas que ainda não estavam claras.

Caso não seja possível fazer a imersão na agenda do Sprint, o ideal é que o processo seja realizado previamente para que no dia os dados processados possam ser usados como insumos para o processo criativo.Lembre-se: o mundo hoje é orientado por dados, nenhuma ideia inovadora nasce do nada. No caso do Design Sprint, que provém de uma metodologia que preza pelo entendimento do ser humano, basear a solução em uma pesquisa feita para entender as necessidades dos usuários é vital.

O Design Sprint tem potencial para ser um catalisador do processo criativo, propiciando o desenvolvimento de ideias inovadoras com baixo custo inicial e bem menos tempo. Só precisamos estar atentos para evitar erros comuns e conseguir extrair o máximo de aprendizado do processo. Tendo atenção para esses 5 pontos que listamos aqui, é possível realizar workshops de produto ainda melhores.

Se quiser saber mais sobre como adaptamos o Design Sprint, explicamos como reorganizamos as etapas do método para aplicá-lo em menos dias extraindo ótimos resultados no post Design Sprint em 4 e em 3 dias.

E se for preciso de mais ajuda, fique a vontade para entrar em contato conosco.

Bora tomar um cafezinho e cocriar? ☕️

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